Aperibé comemora 19 anos, trazendo a cultura mais perto de toda população.

O Departamento de Cultura e a Casa da Cultura e Museu de Aperibé realiza durante todo o mês de abril, o Projeto Conta e Reconta a História do Município. São atividades simples, mas que instiga os estudantes a olhar para a construção de nossa história de uma forma muito mais dinâmica. São quase 150 anos de construções e de reconstruções em 19 de emancipação político-administrativa. Levar aos jovens as tantas histórias da História, somente através de atividades lúdicas, que apresentadas pela equipe do Departamento da Cultura e Biblioteca com atividades de recreação, conto de histórias, artes cênicas, brincadeiras e muito mais, e que acontecem na Tenda Cultural, na Praça Francisco Blanc.

Enquanto isso, simultaneamente, a equipe da Casa da Cultura e Museu de Aperibé apresenta um pouco da história de seus munícipes através da dramatização improvisada e que mostra como era a vida há muitos anos. Tradicionalmente vestidos como os primeiros imigrantes europeus, os visitantes podem viajar ao passado e descobrir os anseios, as dificuldades e também as alegrias dos pioneiros. Neste diálogo de improvisação, os visitantes são levados a questionar, através da instigação dos personagens “sinhozinho e sinhazinha”, bem como a “escrava Mariana”, que resgata a história de uma cativa comprada por François Fellippe Boechat no ano de 1876 para trabalhar em sua casa, aqui em Aperibé.

Durante toda a visita, os personagens chamam a atenção do visitante para alguns objetos em especial, tais como ferramentas, telégrafo, escarradeiras e penicos entre outros curiosos e que despertam a atenção da garotada. São ainda instigados a observarem bem as fotos, como que a procurar por algum familiar, além da documentação original do século XIX e que comprova muito do que é representado apenas em palavras.

Por meio de agendamento prévio, as escolas públicas das redes estadual e municipal, APAE e rede particular de ensino, têm participado destas atividades que pretendem despertar o desejo de aprender e participar da construção de novos capítulos da História de Aperibé.

Exposição da artista Vera Lúcia Duarte Medeiros

Na sexta-feira, 08 de abril, foi aberta na Casa da Cultura a exposição da artista plástica Vera Lúcia Duarte de Medeiros com esculturas em bronze, pinturas de óleo sobre tela e uma mostra de pintura em porcelana. Com 25 anos de carreira a petropolitana que hoje mora no município do Rio de janeiro é casada com Wanderley Pinto de Medeiros e tem um casal de filhos e três netos.

Vera Lúcia contou como surgiu a arte em sua vida e que estudou Artes na Universidade Católica de Petrópolis e assim se interessou pelas formas artísticas. “Eu comecei a fazer um curso de pintura em porcelana, depois fiz um de pintura de óleo sobre tela e comecei a fazer esculturas. Hoje faço um pouco de cada coisa,” declarou.

A artista disse que quando começou, considerava que não tinha o dom, mas queria fazer algo para tornar a minha vida mais útil. “Comecei a pintar em porcelana, passei para a pintura em tela e a esculturas eu ficava fascinada sempre que ia numa loja ou em uma exposição. Então no ateliê tive a oportunidade de começar a fazer as esculturas. Hoje tenho um carinho especial por algumas peças como a Dançarina Espanhola e a Gisela,” argumentou.

Segundo Vera Lúcia, ela já participou de quatro exposições coletivas e esta é a primeira individual. “Eu queira confessar que estou muito honrada, porque não esperava esta festa toda, estou muito envaidecida e feliz. Este dia vai ficar marcado e é algo muito importante para mim. Quando você faz algo que lhe dá satisfação, já é gratificante. Mas quando o seu trabalho está sendo admirado por outras pessoas, isto te anima a cada vez mais continuar fazendo outras coisas,” frisou.

Para finalizar Vera Lúcia falou que tem desejo que as netas se inspirem nela e comecem a fazer alguma arte. “A Camila até manifestou vontade de trabalhar um pouco com argila, mas ainda não tivemos a oportunidade de fazermos alguma coisa juntas,” salientou.

 - Eu gostaria de dizer para as pessoas que visitarem a exposição, que valorizem a Casa da Cultura, porque esta é muito rica e tem muita coisa interessante e de muito valor para a nossa cultura brasileira. Porque tem muita coisa que passa pela nossa vida, que não damos valor, mas o Marcelo está de parabéns em reunir tudo isso neste lugar para o deleite do público. Concluiu a artista.

O presidente da Casa da Cultura Marcelo da Cunha Hungria conheceu Vera Lúcia no final de 2010 e logo se encantou com o jeito dela de olhar o mundo com os olhos da pluralidade de culturas. “Fiz questão de convidá-la em trazer um pouco de seu acervo para uma exposição no salão Espaço Vivo da Casa da Cultura de Aperibé, que de imediato foi aceito pela artista,” destacou.

Marcelo acrescentou que a Casa da Cultura tem desenvolvido o papel de divulgar diferentes trabalhos, despertar interesses e preservar a história e a tradição dos trabalhos artesanais. “Este ano o local recebeu a Exposição Vida de São Sebastião na visão de 31 artistas, Cores Vivas II da artista Erilza Faria e agora a exposição da Vera Lúcia que promove diferentes indagações sobre como a arte pode estar contribuindo para a mudança de comportamentos através da sensibilização,” contou.

- Em comemoração ao 19º ano de emancipação político-administrativa do município, a exposição é um presente para os munícipes, presente trazido de longe para um intercâmbio cultural e certamente enriquecido desta que é a mãe da educação: a Cultura. – Afirmou Marcelo