segunda-feira, 10 de outubro de 2011

O projeto " Exposição Momentânea" em Aperibé

Na sexta-feira, 07 de outubro, foi aberta na Casa da Cultura e Museu de Aperibé a exposição coletiva ‘Momentânea’ de pinturas em óleo sobre tela e técnica mista dos artistas Rodrigo Gomes, Leonan Benevitz e Anderson Queiroz. A mostra recebe este nome, porque cada artista ao trazer a ‘primeira obra’ trouxe um assunto pertinente ao cotidiano pessoal e, se percebeu que mesmo partindo do micro, as sutilezas também chegavam ao macro, não precisava ir muito longe para buscar o tema da série ‘Momentânea’. Daí cada um ao seu ponto de vista criou o que entendia necessário no momento.
               Rodrigo disse que desde criança gostava de pintar, criar os próprios brinquedos e passava horas arquitetando esculturas em trocos e argila como utilizando outros materiais. O fato de criar a bicicleta com galhos e outras coisas retiradas do "lixo" era mais forte que o brincar. “Meu saudoso pai era carpinteiro e vê-lo criar era algo fascinante. Lembro-me do tempo de escola quando alguns professores como William Rimes, Noemi Teixeira, Rita Rego e outros me incentivaram a produzir e isso bastava para perceber que por mais que me parecesse difícil adquiri materiais. Era gratificante tocar os outros de alguma forma com o que eu fazia, mesmo que realizado em um papel de pão, que guardava das sobras da mercearia que trabalhei por alguns anos,” salientou.
- Em 1999 O professor William Rimes me convidou a ilustrar um de seus livros, vendo que prontamente aceitei, logo me fez conhecer um de seus ex- alunos que então estudava Artes Visuais, Henrique Resende, que foi a escola. Nesse mesmo ano comecei a participar da primeira turma dele no curso de pintura. Daí participei de alguns projetos artísticos, visitações a exposições e cursos como "Projeto pé de pé” de Otavio Avancine que aconteceu este ano em Itaocara, no ateliê do Henrique. – argumentou Rodrigo.
               Anderson sempre gostou de pesquisar e aprender sobre artes plásticas. “Lembro-me que em 1997,quando morava em Nova Friburgo, nas horas vagas recortava matérias das páginas do Segundo Caderno do Jornal O Globo e revistas que tratavam de artes plásticas. Hora ou outra enviava algum conteúdo que julgava interessante para Leonam, e ele fazia o mesmo. Logo depois Henrique Resende veio a expor em Itaocara e fomos convidados a ver o trabalho dele e pouco tempo depois. Eu, Leonan e Rodrigo faríamos parte da primeira turma do curso de artes plásticas no Ateliê do Henrique Resende,” frisou.
O presidente da Casa da Cultura e Museu de Aperibé, Marcelo da Cunha Hungria, disse sentir muito feliz e agradeceu aos artistas Rodrigo, Leonan e Anderson por terem aceitado o convite. “Esta exposição parece um pouco de tudo. Um nome bastante apropriado para emprestar a este espaço da casa que é dedicado a exposições de momentos. Com um pouco de comunicação os três artistas, cada um a sua maneira, nos envolve em experiências com tintas, telas e de pensamentos diversos,” declarou.
Ainda conforme falou o presidente esta mostra não durará apenas alguns momentos. Ela ficará registrada como um bem cultura imaterial pela comunicabilidade, diálogo e novas possibilidades, porque apesar do curto período de tempo em que ficará aberta ao público, não passará despercebida.
               Para os artistas é muito gratificante poder expor em Aperibé e trazer o trabalho deles para o município que é de grande valia. “O Salão Vivo da Casa da Cultura tem servido de ponte mostrando ao grande público as criações artísticas da cidade e região, cultivando uma sensibilidade de todos que visitam o espaço. Sentimos-nos em casa, além de Dona Helena (mãe de ANDERSON e RODRIGO), ser aperibeense  e Rodrigo fazer parte do Centro de Atendimento ao Idoso (CAI), ministrando curso de pintura. A cidade é acolhedora.Outro ponto especial que acrescentamos é a forma que como a Casa nas pessoas do Marcelo Hungria e demais funcionários que a compõem abraçaram os  Projetos. Amam o que fazem e assim tudo flui harmoniosamente,” destacaram.
               Os três estão sempre dialogando, pois sempre que um produz algo, eles se encontram para apresentar aos outros. “Isso nasceu nos anos de dois mil no próprio atelier de Henrique quando convidou um grupo de seus alunos  para semanalmente conversarmos sobre arte em seu ateliê. Por vezes encontrávamos com outros artistas para ver o que estava sendo produzido e de uma forma mais intensa. Nós (Leonan, Anderson e Rodrigo) trocamos  ideias em rodas de conversas. A cada vez que nos encontrávamos era apresentado um novo trabalho e percebemos que poderia fazer nascer uma exposição e assim foi feito, anteriormente em Itaocara e agora aqui Aperibé,” concluíram.


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