segunda-feira, 16 de julho de 2012

Casa da Cultura de Aperibé, expandindo seu acervo




A Casa da Cultura e Museu de Aperibé recebeu das mãos de Sávio Mota Eccard, aluno matriculado no 6º ano do Ensino Fundamental do Colégio Estadual Lourença Guimarães, uma espada do tempo da Primeira República. Trata-se de um achado quase que arqueológico, já que foi encontrada após o desabamento de uma velha construção.
Segundo a família, a espada foi deixada na propriedade por um grupo de cerca de vinte homens rebelados que, ao que tudo indica, reforça a presença na região da Coluna Prestes.
Objetos como este muito contribui para o levantamento de informações da história regional, no entanto, o mais importante neste caso é que podemos contar com uma nova geração de preservadores do patrimônio histórico do município e região.
De acordo com o presidente da instituição, Marcelo da Cunha Hungria, o envolvimento da nova geração no processo é a garantia da continuidade do projeto. “Este tem sido o nosso grande discurso e prática. Através de atividades que envolvam os estudantes do ensino fundamental e médio, pelo teatro e dança, pesquisa de campo e diversidades artísticas apresentadas em seu Espaço Vivo de exposições, nosso museu se orgulha de ser uma instituição que faz a diferença entre um espaço que cheira a mofo e poeira pelas "coisas velhas" que apresenta para uma realidade que dá vida aos objetos, dialoga com eles e não faz cordão de isolamento entre o público e o seu acervo,” declarou.
Ainda de acordo com Marcelo o exemplo deste menino, que é um apaixonado pela história local, precisa ser divulgado como exemplo a ser seguido. “Parte dele todo este entusiasmo e que encontra na instituição, o apoio de que precisa para levar adiante vontade dele em ser um historiador, arqueólogo, pesquisador, escritor ou outra profissão dentro das ciências humanas.
Mais que justa, a Casa da Cultura e Museu de Aperibé tem uma dívida de gratidão com esse "menino historiador", que nos impulsiona a trabalhar cada vez mais, tendo como ferramentas cada um dos objetos do acervo. E obrigado pela espada que certamente muitas histórias ainda vai nos contar,” frisou.
O presidente acrescentou que a Casa da Cultura e Museu de Aperibé é uma instituição que vive de doações de objetos que ajudam a recontar a história do município. “Tudo começou de uma forma muito simples, em sala de aula, com alunos do curso de Formação de professores da rede municipal. A partir de algumas perguntas que naquele momento não tinham respostas, eu, enquanto professor de história, propus que pesquisássemos nossa história partindo dos nomes de nossas ruas. Depois, apresentada a pesquisa, comecei a resgatar objetos para posteriormente organizar um espaço que servisse como referência da nossa história, cultura e arte. Os primeiros objetos para o acervo foram doados pelos mais tradicionais nomes ligados à cultura e história local. Enquanto alguns municípios tem dificuldades para reunir o seu acervo disperso em residências ou mesmo perdidos, nosso espaço tem se mostrado pequeno para tantas doações, o que é muito bom. É que a comunidade percebeu desde o início que lugar de fotografias e documentos antigos, objetos e móveis que contam história, devem ficar sob o resguardo dos museus, que além de registrar a história, a apresenta de forma dinâmica e significativa,”concluiu.

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